segunda-feira, 18 de julho de 2011

Conceitos ultrapassados ou errados, dão nisso!


Autor: Roberto das Neves

Esta semana, eu iria publicar um novo artigo, mas, como recebi uma pesada crítica em relação ao meu artigo: “Como funciona o estudo da Física, hoje”, resolvi então, publicar a critica do visitante denominado “koga”, e logo abaixo do texto dele, publico a minha defesa em relação ao meu texto.
Então, vamos lá:

Texto do visitante koga:

Caro Gilgamesh, sua postagem no blog apresenta muitos erros e impropriedades tanto históricos quanto científicos. Erros demais para citar de uma vez, é necessário corrigir praticamente cada linha do texto, por isso resolvi intervir. Ao divulgar ciência, tome cuidado, pois má divulgação pode ser mais danoso que nenhuma divulgação!


Tomando um ponto central que foi abordado para começar: o que é energia e o que é matéria?
A primeira coisa que temos que saber é que essas duas palavras não designam objetos físicos, mas propriedades. Pense, por exemplo, em cor. A cor não é um objeto é uma propriedade, desse modo é impróprio dizer que existe o azul ou o verde, podemos dizer que existem bolas azuis e folhas verdes. Do mesmo modo é impróprio agregar a uma propriedade de um objeto outras propriedades do objeto. Por exemplo, tabuleiro de xadrez possui regiões brancas e pretas, mas é impróprio dizer que o preto e o branco estão em lugares diferentes, pois localização é uma propriedade de objetos e não de cores.

Com isso em mente, já podemos apontar alguns erros cometidos em seu texto e na discussão subsequente e também evitar novos caminhos errados. Matéria e energia não "formam" nada, elas são propriedades de sistemas físicos e não objetos com existência independente. Erros comuns ligados a esse são considerar que existe "energia pura" e confundir matéria com objeto físico. Outra impropriedade comum é considerar que matéria pode ser "decomposta" (seja lá o que isso signifique no contexto) em energia ou que matéria é "energia condensada" (idem ao outro par de parênteses).

Prosseguindo, poderíamos definir de forma precisa o que é energia e o que é matéria. Infelizmente isso não é tão fácil. Esses são dois conceitos fundamentais para a física e como tal não possuem uma definição completamente clara, coerente e que não dependa de argumentos circulares.

A matéria pode ser mais fácil de se definir: é a propriedade do sistema que mede sua quantidade de inércia. Em outras palavras, a matéria é a massa inercial de um sistema que é definida pela segunda Lei de Newton:
m = F/a
A expressão acima define massa como a constante de proporcionalidade entre a aceleração que um corpo sofre e a força nele aplicada. O problema dessa definição  primeira vista clara, é que ela depende de conceitos como inércia, aceleração, força etc, porém ela parece ser intuitiva por lidar com conceitos que experimentamos usualmente.

A energia é mais complicado de se definir. Acho que a única definição clara é que ela é uma quantidade escalar que é conservada em qualquer transformação que um sistema possa sofrer e tem dimensão de Joules (kg*m²/s²). Um sistema pode evoluir de inúmeras formas o que reflete nas inúmeras formas que a energia pode assumir.

O próximo passo, talvez seja entender o que de fato E=m*c² significa, mas isso seria meio longo, então deixo para próxima postagem!


Agora, vamos à minha defesa em relação ao texto supracitado:

Primeiramente koga, vamos tratar sobre a cor, uma vez que você a utiliza, como demonstração para estabelecer os parâmetros sobre o que seriam: objeto e propriedade e, com esses parâmetros, enunciar que energia e matéria (massa), são propriedades e não objetos.

Você afirmou que a cor é uma propriedade do objeto.

E citou como exemplo: bolas azuis, e afirmou que a cor azul é uma propriedade desses objetos.

Vamos usar como exemplo, a seguinte frase: “a bola azul está no canto direito.”

Segundo você, não se pode dizer que: “A cor azul está no canto direito”, pois, a cor azul é apenas uma propriedade da bola, conforme você afirmou. 

Mas, o que é um objeto colorido, no caso, a bola de cor azul?

É um objeto que absorve a luz e reflete somente uma das faixas que compõe a luz, no caso, reflete a faixa azul da energia.

Você definiu que a cor é uma propriedade do objeto bola, mas essa definição está completamente errada.
Independentemente de a bola estar ou não no canto direito, a luz, com todas as suas faixas, inclusive a azul, estará lá, iluminando aquele canto, continuará existindo de forma independente, a bola, é apenas um agente de interferência na energia, e, essa interferência é que é, uma de suas propriedades, e não, a cor. 

Se você colocar uma bola azul dentro de um ambiente onde há a total ausência de luz, a bola não terá cor, se ela não tem cor, a cor não é uma propriedade da bola. 

Percebemos então, quais são algumas das reais propriedades da bola azul em relação à luz: interferência, absorção e reflexão. 

Posso afirmar então, que a cor não é uma propriedade do objeto bola, mas sim, que a cor é o resultado da interferência de um objeto sobre outro objeto, no caso, a bola sobre a energia.

Podemos definir com exatidão, a relação desses dois objetos que interagem entre si: qual é o grau dessa interação, qual é o grau dessa interferência, qual é o grau dessa absorção, qual é o grau dessa reflexão, qual a localização dessa relação no tempo e no espaço, etc. 

Por isso, também, a sua afirmação de que não podemos dar uma localização para a cor, ao citar como exemplo, um tabuleiro de xadrez, está equivocada. Nós podemos localizar as cores brancas e pretas, pois a cor, como eu já expliquei, nada mais é, do que, o resultado do grau de interferência de um objeto sobre outro objeto, no tempo e no espaço.

Uma vez estabelecido que o seu conceito sobre cor esteja absolutamente equivocado, posso colocar em dúvida e estabelecer também, que o seu conceito de que energia e matéria, sejam propriedades e não objetos físicos, também é totalmente equivocado.

Você disse: “poderíamos definir de forma precisa o que é energia e o que é matéria. Infelizmente isso não é tão fácil. Esses são dois conceitos fundamentais para a física e como tal não possuem uma definição completamente clara, coerente e que não dependa de argumentos circulares.”

Primeiramente, eu consegui demonstrar, sem a necessidade do uso de fórmulas, que aquilo que você entende por propriedade de um objeto físico, (no caso específico, a cor) não é bem aquilo que você afirmou, as propriedades da matéria física existem, mas existem também, interferências de matéria sobre a energia, interferências da matéria em relação à outra matéria, e existem interferências entre energia e energia, que são tomadas erradamente como propriedades, sem serem de fato propriedades.

Você deve ter percebido que, no parágrafo acima, eu classifiquei a energia como um objeto físico, e tenho meus motivos para tal.

Prosseguindo, você afirmou que os conceitos em relação à energia e a matéria: “são dois conceitos fundamentais para a física e como tal não possuem uma definição completamente clara, coerente e que não dependa de argumentos circulares.”

Bem, não é por aí, você deve ter ficado dormindo em algumas aulas...

Vamos então, partir do princípio.

O termo “massa”, em física, foi cunhado por Newton, e Newton disse que: “Massa é quantidade de matéria”.

Einstein, com sua fórmula E=M.c2, preconizou que energia e massa, são a mesma coisa.

Então, a energia e a matéria, são a mesma coisa?

Foi a essa conclusão que chegaram um grupo de físicos, na década de 60 ao formularem a chamada “teoria Padrão” 

Pela teoria Padrão, a matéria nada mais é do que energia "congelada".

Segundo essa teoria:
“O proto-universo em seus primórdios foi submetido a uma condição de expansão.  Essa expansão promoveu uma queda de temperatura. Com a queda de temperatura, uma parte da energia contida no universo “congelou" dando lugar à matéria.”

Bom, o que é esse tal “congelamento”, afinal?

Até o momento do chamado: Big Bang, o universo não existia, o que existia era uma pequena região, onde todo o material energético (partículas) que originaria o universo (prótons, fótons, nêutrons, elétrons, quarks, neutrinos, etc, etc, etc, (lembra das pecinhas de polly?) estavam digamos “espremidas”.

Por causa das fortes temperaturas, da forte força gravitacional, que existiam devido à extrema concentração de todo esse material energético em um único ponto, essa energia livre, essas partículas, não conseguiam se “montar” em átomos.

Então, quando ocorre a expansão desse ponto concentrado, (expansão essa que ainda não se conseguiu explicar a causa), todo esse material é ejetado, formando o proto-universo, e à medida que se expande, cria o seu próprio espaço, com essa expansão, a alta temperatura das partículas cai, permitindo que parte dessas partículas comece a se montar, formando os primeiros átomos (os mais simples) como, por exemplo, hidrogênio.

Esses átomos então, se concentram, por causa da força da gravidade, formando as primeiras estrelas gigantes, que, por causa de seu gigantesco tamanho, tem uma vida curta.

Dentro dessas estrelas, os átomos de hidrogênio, são “transmutados” em outros tipos de átomos, um pouco mais complexos, e pequenas quantidades desses novos átomos são então, ejetados para fora das estrelas.

Quando essas estrelas chegam ao final de sua curta vida, elas explodem, pois, começaram,à partir da criação de átomos de silício, (que é o último material que a estrela forma por fusão espontânea), a criar átomos de ferro, mas, para a estrela continuar a fusão, transmutando o ferro em outro material, seria necessário absorver energia, em vez de liberar energia, nesse momento, a estrela colapsa e explode.

Quando ela explode, ocorre uma super nova, ejetando todo o material para o espaço, esse material ejetado se junta, formando moléculas, que darão origem aos primeiros planetas, e os átomos mais simples se juntarão, dando origem a novas estrelas de menor porte, e temos então, o universo que conhecemos.
Vamos ver agora, outras propriedades da energia.

Planck postulou que a energia não se propaga de forma contínua, mas sim, através de quantidades pequenas, mas finitas, que denominou de quantum.
Ora, então podemos afirmar que o quantum, é uma propriedade da energia.

Podemos afirmar também, que o calor, é uma das propriedades da energia, ou seja, sem energia, não existe calor.

Então, se podemos apontar as propriedades da energia, ela também é objeto, e não uma propriedade.
E, como diz a teoria Padrão, (e, não fui eu que a criei) a energia e a matéria são de fato, a mesma coisa, ou, trocando em miúdos, a energia e a matéria são formadas por partículas, partículas são objetos físicos, que se encontram, em dois estados diferentes, no caso da energia, estão em movimento e, no caso da matéria, estão em movimento estacionário. 

Então, caro koga, além de apontar o seu erro conceitual referente à cor, também apontei, os seus erros conceituais, ao afirmar que energia e matéria são propriedades e não objetos.

Se, energia e matéria são dois conceitos fundamentais da física, elas precisam sim, possuir uma definição completamente clara.

Mas, “péra” aí! Essa definição já foi dada pela teoria Padrão, tá lembrado dela?

Então, como você pode afirmar que matéria e energia são dois conceitos difíceis de entender e que não existe um consenso entre os físicos sobre o assunto?

Os conceitos são bem claros e eu te demonstrei!
Ou você dormiu nas aulas, ou você ou a escola em que você estudou, parou no tempo na década de 1950, e não acompanhou o desenvolvimento da física, ou então, você é um daqueles físicos teóricos xiitas que, ao abraçarem a física quântica de modo tão religioso, deixaram de lado o mundo real e passaram a viver em um mundo lúdico, com portas e janelas fechadas para a realidade. Onde viagens na maionese são “comprovadas” pela criação de fórmulas matemáticas. Para esses físicos, fórmulas matemáticas é que são reais e a realidade que vemos e sentimos para eles, não existe.

Fórmulas matemáticas criadas, dizem aquilo que nós queremos que digam e não necessariamente, dizem a verdade.

Então fica a questão, devemos acreditar na física viagem na maionese inaugurada por bohr e seus cupinchas, ou temos o dever de buscar outras alternativas mais concatenadas com a realidade?

Eu opto pela segunda!

Agora koga, falarei sobre o que você considera erros históricos.

Minha intenção ao escrever o texto, jamais foi que ele fosse uma cópia histórica fiel dos eventos ocorridos, pois tal coisa, já se encontra escrita em centenas de livros sobre a história da ciência. 

O que você chama de erros históricos, eu encaro como licença poética, para explicar de forma bem humorada e curta, no que se transformou o estudo da física, baseado no que Einstein já havia preconizado sobre os físicos, se adotassem sem ressalvas, a interpretação de Copenhagen, ocorrida na convenção de Solvey, em 1927.




terça-feira, 12 de julho de 2011

E, havia uma pedra no meio do caminho!

Autor: Roberto das Neves
.
.
O paleolítico foi um período histórico, onde o ser humano fez as suas primeiras descobertas e percebeu entre outras coisas, como usar pedras, para aumentar as suas chances de sobrevivência.


Um período onde o homem aprendeu por meio de erros e acertos, como utilizar a pedra em seu benefício próprio.


Este homem ficou mais conhecido como homem das cavernas, pois os achados arqueológicos mais importantes sobre ele, foram encontrados dentro de cavernas ou falhas superficiais de rochas, que estes homens utilizavam para se abrigar.

Hoje, sabe-se bem mais sobre o assunto de suas moradias, uma vez que, os arqueólogos descobriram que apenas uma pequena parte desses homens, tinha acesso a cavernas, pois a grande maioria delas já era habitada por animais, como por exemplo, grandes ursos, ou, já eram habitadas por outros grupos humanos.

A busca por abrigo desencadeou no homem, a necessidade de obter uma forma criativa para proteger a sua família, e a pedra, que à longa data era utilizada como ferramenta, passou a ter outra utilização.

A pedra foi a primeira ferramenta utilizada pelo homem, inicialmente, ele usou pedras lascadas naturalmente, pois percebeu que as lascas possuíam corte, eram afiadas e com isso, ele poderia mais facilmente, cortar a carne de sua caça e dar forma às peles de animais.

Como não havia um número muito grande de pedras lascadas naturalmente à disposição, e o corte das lascas se desgastava com rapidez, o homem, em sua infinita criatividade, percebeu que ele mesmo poderia dar forma a uma pedra, usando pedras mais resistentes para provocar lascas em pedras menos resistentes.


Foram muitos anos aprimorando essa técnica, e com isso, o homem pôde criar várias ferramentas, como: facas, machados de pedra, pontas de lança, potes e panelas, e, mais tardiamente, pontas de flechas.

Com esse conhecimento sobre pedras, passado de geração à geração ao longo de centenas de anos, o homem percebeu, ao observar montes de pedras acumuladas naturalmente, que poderia tirar proveito desse tipo de formação natural, para criar abrigos.

O homem descobriu que poderia utilizar pedras que tinham dois lados achatados, e criar paredes, e assim, utilizá-las para construir abrigos, uma vez que não existiam muitas cavernas disponíveis.


Os indícios arqueológicos indicam que o homem, começou a montar paredes de pedras achatadas, de forma a montar um cômodo de formato circular, que depois era coberto com folhagens para abrigá-lo do tempo.

Como não haviam pedras achatadas de forma natural em grande número, mais uma vez a criatividade humana se fez presente.

Usando as técnicas centenárias para dar formato a pequenas pedras, o homem aprimorou mais ainda esta técnica e passou a lascar as pedras maiores, para torná-las achatadas em dois lados, e assim, obter o material necessário para construir seus abrigos.


Com o tempo, o homem aprimorou cada vez mais essa técnica e passou a lascar a pedra não somente dos lados de cima e de baixo, mas também, de vários lados, formando blocos mais ou menos retilíneos, dando-lhe não só um aspecto mais estético, mas principalmente, criando um material que poderia ser empilhado mais alto e através de encaixes quase perfeitos, erguer paredes muito mais sólidas e resistentes.

O homem aprendeu a usar a pedra por centenas de anos, até praticamente alcançar a perfeição no manuseio desse material, dando-lhe várias formas e tamanhos, para criar obras que hoje achamos inacreditáveis.

Achamos inacreditáveis, porque não conseguimos perceber e conceber o conceito do acúmulo de conhecimento ao longo de centenas de gerações, que foi necessário para os homens desenvolverem as técnicas para dominar este ofício.


Hoje, olhamos para uma pirâmide e muitos não conseguem acreditar que isso foi obra, pura e simplesmente, do gênio criativo humano e de mais ninguém, mais ninguém!

E, por causa dessa falta de percepção do acumulo de conhecimento por gerações, alguns ignorantes, criam as teorias mais loucas e idiotas, para "explicar", que tais obras não foram feitas pelos homens, mas por extraterrestres, ou então, afirmam com louca convicção que, se não foram erguidas pelos extraterrestres, foram construídas pelos homens, a mando deles.

Parvos idiotas que não acreditam em sua própria capacidade.

Esses mesmos incompetentes, afirmam que estruturas piramidais, são encontradas em todas as civilizações, apontando que isso seria  um indício da visita de extra-terrestres que influenciaram todos esses povos, ou, indício de uma civilização muito antiga, que disseminou esse conhecimento, pois foi ensinada pelos E.T.s a criarem esses tipos de estruturas.

Ora, pergunte para qualquer engenheiro civil  qual é o tipo de construção sólida, construída à partir de pedras, mais fácil de ser construída.

A resposta é: Construções piramidais.

É ridículo afirmar que extra-terrestres, viajaram milhões de anos luz, para ensinar a humanidade a empilhar pedras.

Segundo os defensores da “teoria” dos deuses astronautas, (grafei o teoria, pois não se trata de teoria, mas sim, hipótese), nós não teríamos hoje, a tecnologia necessária para construir uma pirâmide tal qual a de Quéops, que tem 146,60 metros de altura...

Ah, tá, mas, temos tecnologia para construir um prédio de 828 metros de altura em Dubai...

E pergunto eu, por que motivo, teríamos a necessidade de construir uma pirâmide hoje?


Construir uma pirâmide hoje, seria um total gasto de recursos, material e mão de obra, para levantar um projeto que não tem utilidade alguma...

Outra afirmação absurda, é que devemos a invenção da escrita ao alienígenas.

Esses alienígenas deviam então, ser muito burrinhos, para possuir sistemas de escrita tão atrasados e complicados.

Pergunto: Os alienígenas dotados de grande conhecimento cultural e tecnológico, não conseguiram criar um sistema mais lógico, simples e racional de escrita?

E eles não tinham nem mesmo um conceito matemático tão simples, quanto o numeral zero para nos ensinar?

Foi preciso nascer um humano na Índia, por volta do ano 628 d.c., para criar o conceito e o símbolo do Zero.

E, assim caminha a humanidade!

Abaixo, um vídeo com mais de três horas de duração onde todas as "teorias" sobre visitas de aliens são exaustivamente confrontadas e esclarecidas:



Para quem não sabe inglês, abaixo, versão com legendas do filme com mais de 3 horas de duração, detonando as teorias sobre e.t.s nos visitando no passado:

http://www.youtube.com/watch?list=PL-uGNMBPCPls2cLPc1kDi6KgzsNq56xRY&v=gY-gcZxSV4Q&feature=player_embedded




sexta-feira, 8 de julho de 2011

Como funciona o estudo da Física, hoje em dia.

Autor: Roberto das Neves
.
.
No início de tudo, existiu Newton, e Newton disse: “A natureza é muito conforme ela mesma!”

Através de estudo, análise e experimentação, Newton descobriu uma coisa fantástica: O funcionamento da natureza, pode ser analisado e quantificado e através dessa análise pode-se criar regras matemáticas e leis para entender o seu funcionamento!

E, a partir dessas regras e leis, foi possível definir tudo o que existe no macrocosmo, desde a gravidade de um planeta, até a explosão de uma super nova. Nascia aí, a Física Mecânica!


Depois, fez-se a luz, com Einstein, que ponderou, ponderou e descobriu que as leis de Newton, só conseguiam explicar o macrocosmo,(planetas, estrelas, galáxias, etc) mas não conseguiam explicar o funcionamento do microcosmo (O mundo dos átomos).

Com suas deduções, Einstein percebeu uma coisa interessante, e disse “Tudo é relativo”.

E desenvolveu a partir daí, uma nova teoria, e deu-se a essa teoria, o nome de Física Relativista.

Einstein, de forma brilhante, descobriu que Energia e Matéria, são a mesma coisa, e criou uma fórmula que hoje todo mundo conhece: E = mc2

Mas, poucas pessoas entendem o que ela significa.

Na verdade, o que Eintein descobriu é que a energia e a matéria, são constituídas dos mesmos elementos: Prótons, Neutrons, Elétrons, Fótons e algumas outras partículas.

A diferença está no fato que, na energia, esses elementos estão dissociados, livres e separados, enquanto que na matéria esses mesmos elementos estão agrupados, formando átomos.

Para entender melhor, imagine o seguinte: lembra daquele brinquedo de montar chamado polly, que contém um monte de pecinhas?

Imagine que essas pecinhas, são as partículas, são um monte de pecinhas separadas espalhadas pelo chão,
Isso é energia.

Agora, pegue algumas pecinhas, e monte alguma coisa.
Isso é matéria.

Entendeu agora?

Bom, agora, que você sabe que energia e matéria são a mesma coisa, continue a nossa caminhada pelo mundo da física.

Apesar do brilhantismo de Einstein ser enorme, ele não conseguiu, juntamente com outros físicos, elaborar um modelo consistente para o átomo, muitas idéias foram propostas, mas no fim, nenhuma explicava corretamente o funcionamento do átomo.
Apareceu na berlinda então, um pequeno grupo de físicos teóricos, encabeçados por um cara, chamado Bohr.

E esse carinha disse o seguinte: “É impossível criarmos um modelo para o átomo, pois o comportamento do elétron em órbita dele é muito estranho, podemos no máximo, prever, através da probabilidade onde este elétron estará, pois ele dá saltos quânticos de uma órbita para outra."

Nascia então, (apesar dos protestos de Einstein e outros físicos, que acharam essa teoria imbecil, monstruosa e falha), uma nova teoria da Física, e deu-se o nome para ela de: Física Probabilística (ou, Física Quântica, como é mais conhecida).

E aí a porca torceu o rabo!

A física hoje, trabalha da seguinte forma:

Qual a probabilidade de algo existir, ou qual a probabilidade de algo acontecer?
Não sabemos, mas podemos fazer cálculos para saber qual o grau de probabilidade de que tal coisa exista ou aconteça...

Através desse pensamento, a Física quântica descobriu muita coisa útil, o próprio computador que você está usando para ler estas mal traçadas linhas, só foi possível existir, através do desenvolvimento da física.
Mas, em compensação, deu margem a muita coisa inútil...

Por exemplo:

Um belo dia, um físico teórico, se encontra com outro físico teórico e diz o seguinte:
Eu estava aqui pensando, qual a probabilidade de existir universos paralelos ao nosso?
E o outro responde: Não sei, podemos criar algumas tabelas probabilísticas, para ver qual a possibilidade...

Depois de alguns anos de muitos cálculos, criação de tabelas, adaptação de fórmulas, suor e sofrimento, eles chegam a uma equação probabilística que diz o seguinte: A probabilidade de que existam universos paralelos ao nosso, está na ordem de dois para um trilhão

Os dois físicos olham um para o outro, eufóricos e dizem: Puxa! Dois é um número muito bom, maior do que um! Então existe a possibilidade de existirem universos paralelos!...

Pois é, e assim, caminha a humanidade!