Autor: Roberto das Neves
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A escola divulga o conhecimento e ajuda a formar novos
pensadores, ou a escola é mera doutrinadora do conhecimento já adquirido,
dificultando o surgimento de novos pensadores?
A forma de ensino que é ministrada em todo o mundo se baseia nas
universidades criadas pela igreja, no fim da idade média.
A igreja, sempre teve um caráter doutrinário e foi com base
nessa doutrinação que ela traçou a forma de ensinar o conhecimento adquirido nas
universidades, uma vez que, os primeiros professores dessas universidades eram padres, e a única forma que eles conheciam para ensinar, era a doutrinação, e os primeiros professores formados por eles, passaram essa forma doutrinária de ensinar, adiante.
E esse conceito ultrapassado é usado até os dias de hoje
pelas escolas de todo o mundo.
As escolas não ensinam. As escolas simplesmente doutrinam o
aluno, afirmando-lhes que o conhecimento adquirido é correto e não necessita de
revisão.
E esse danoso método de ensino, tem barrado o surgimento de
novos pensadores.
Basta analisar a história. Antes do advento das faculdades
fundadas pelas igrejas católica e protestante, que substituíram muitos séculos depois, as extintas escolas gregas, egípcias e muitas outras, escolas essas, voltadas para a formação e difusão de novas ideias, e que, foram fechadas e destruídas à mando do poder papal, era grande o número de pensadores
surgindo em todos os cantos do mundo antigo.
Está aí a Grécia antiga, que antes do domínio da religião cristã, formou centenas de pensadores que desenvolveram novas ideias, novas tecnologias, novos modos de interpretar um evento, enfim, teoristas sem medo de expor suas novas ideias e divulgar novos conhecimentos.
Está aí a Grécia antiga, que antes do domínio da religião cristã, formou centenas de pensadores que desenvolveram novas ideias, novas tecnologias, novos modos de interpretar um evento, enfim, teoristas sem medo de expor suas novas ideias e divulgar novos conhecimentos.
Com o fechamento dessas escolas, por causa e a mando do cristianismo, sessa a formação de
novos pensadores e a divulgação do conhecimento, pois estes, colocavam em risco as ideias pré-concebidas
contidas na bíblia.
O conhecimento adquirido até então nessas escolas, passa para as mãos do
povo árabe, que por certo período, zelosamente cuidou e difundiu o conhecimento
acumulado, principalmente o conhecimento grego.
Quando surgem as novas escolas fundadas pela religião cristã, muitos séculos após o fechamento dessas escolas criadoras e difusoras de novos conhecimentos, se
resgata esse antigo conhecimento grego das mãos dos árabes, mas, somente se resgata os autores em que
seus estudos, não batessem de frente com aquilo que era exposto na bíblia, todo
o resto do conhecimento adquirido é então rejeitado e colocado como falso
conhecimento.
E o pior da história é que, esse conhecimento parcial, era
ministrado nas escolas tal qual eram ministrados os textos bíblicos, ou seja,
eram ministrados de forma doutrinária, como verdades absolutas, não passíveis de critica ou correção.
E essa miopia de ensino, chegou até os dias de hoje, sem
alteração.
Por causa desse tipo de ensino, quantos novos pensadores
surgiram nos últimos 800 anos?
Podemos contar nos dedos: temos Copérnico, Tycho Brahe, Galileu
Galilei, Newton, Darwin e alguns poucos outros.
Todos eles deve-se frisar, bateram de frente com o
conhecimento divulgado pelas escolas de então, e alguns foram perseguidos, e
até mesmo mortos, por defenderem ideias que não estavam de acordo com o “establishment”.
O interessante, é que esses novos conhecimentos desenvolvidos
por esses novos pensadores, finalmente passaram
a fazer parte dos currículos escolares, (muitos, muitos anos depois) mas,
passaram a ser ensinados doutrinariamente como novas verdades absolutas, não passíveis de
correção, pois essa é a ideologia escolar secular.
Trocando em miúdos: A escola divulga conhecimento tardio,
mas não ajuda a criar novos pensadores aptos a criar novos conhecimentos e
novas hipóteses e teorias que corrijam ou substituam as velhas teorias, os velhos
conhecimentos.
E isso causa uma série de problemas, pois não conseguimos
avançar como deveríamos no descobrimento de novos conhecimentos, e muitas vezes
não percebemos que estamos indo para o lado errado, por termos sido doutrinados
pelas escolas, que o conhecimento adquirido que já possuímos é o satisfatório,
é o correto e pode ser usado para solucionar questões atuais.
Já se passou quase um século, desde o surgimento de um grande
pensador que mudou os rumos da ciência, todos os novos pensadores que existem
atualmente, baseiam suas novas teorias, tendo como base, velhas teorias “santificadas”
pelo ensino padrão.
E se essas velhas teorias estiverem erradas?
Atualmente, a comunidade científica em todas as áreas, seja
ela da ciência pura ou da ciência sociológica, política e econômica, não
descartam facilmente velhos autores e pensadores ditos “consagrados”.
Em vez de perceberem os possíveis erros contidos nessas velhas hipóteses e teorias,
preferem ficar dando “polimento” em ideias fracassadas, na esperança que essas
ideias algum dia, realmente funcionem.
E isso é causado pelo tipo de ensino doutrinário da escola
secular, que nos impede de enxergar os erros nessas velhas teorias, pois elas
nos foram ensinadas de forma doutrinária, como sendo hipóteses e teorias corretas, verdadeiras e não passíveis de
correção.
Nas escolas a coisa funciona mais ou menos assim: “Aqui
estão as ideias de Newton, ou, aqui estão as ideias de Karl Marx, ou, aqui estão as idéias de Einstein. Vocês não
precisam pensar mais sobre esses assuntos, pois estes Mestres já pensaram neles
por vocês, nós lhes ensinaremos a usar essas ideias para a solução de problemas
atuais, se vocês não conseguirem, é porque vocês não entenderam os ensinamentos
desses mestres”.
O ensino escolar tornou-se uma religião, nem mais, nem menos.
Nas universidades, dá-se ao ensino, (sem que professores e
alunos percebam), um caráter ideológico/religioso, onde velhas hipóteses e teorias são
ensinadas como sendo verdades absolutas, funcionais e sagradas.
Precisamos retomar o fio da meada, voltar ao passado e resgatar o tipo de ensino que era ministrado nas escolas gregas, indianas e egípcias, escolas que formavam pensadores, criadores de novas ideias, escolas que foram extintas pela religião, e cujos professores, foram perseguidos, impedidos e proibidos de ensinar da forma correta, e muitas vezes, assassinados, em nome da autoridade religiosa que passou a ditar o que e como, deveria ser ensinado.
Precisamos retomar o fio da meada, voltar ao passado e resgatar o tipo de ensino que era ministrado nas escolas gregas, indianas e egípcias, escolas que formavam pensadores, criadores de novas ideias, escolas que foram extintas pela religião, e cujos professores, foram perseguidos, impedidos e proibidos de ensinar da forma correta, e muitas vezes, assassinados, em nome da autoridade religiosa que passou a ditar o que e como, deveria ser ensinado.
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