Autor: Roberto das Neves
Muita gente se pergunta se insetos, vírus, células e até
mesmo moléculas e partículas, poderiam ter algum tipo de consciência sobre si
mesmo, um sistema gerador de pensamento complexo.
A resposta é não.
O pensamento, a consciência, é um fator gerado pela
quantidade e a quantidade não pode ser reduzida, pois, quanto mais se reduz a
sua quantidade, menor é o fator gerador da consciência.
A autoconsciência existe em vários graus, um humano tem um
grau de autoconsciência maior do que um macaco. E a escala vai caindo, de
acordo com a quantidade de neurônios existente em cada ser vivo, que é usada exclusivamente
para a formação de pensamento e ideias.
Por exemplo, um macaco quando olha
um espelho, reconhece a si mesmo no reflexo, um cachorro, não.
A autoconsciência
é então, o ato de reconhecer a si mesmo...
Neste sentido, quanto mais células nervosas um ser possui, que não estejam comprometidas com outras funções motoras ou metabólicas, maior é o fator de consciência, e não é possível miniaturizar uma célula
nervosa biológica, fazer seu tamanho diminuir para ocupar um menor espaço no crânio, se fosse
possível, a própria natureza, por meio da evolução, teria desenvolvido um meio
para isso.
Algumas pessoas podem cogitar sobre a autoconsciência, em relação ao tamanho do cérebro de
um elefante ou de uma baleia, que são bem maiores que um cérebro humano, e possuem muito mais neurônios, e dessa forma, teorizarem que estes animais poderiam alcançar futuramente, uma auto consciência.
Mas se esquecem que estes cérebros, gastam uma enorme quantidade de energia e funções para controlar seus movimentos e seu metabolismo, devido aos seus enormes tamanhos, sobrando pouca coisa para um sistema autoconsciente poder emergir, uma vez que, todos os seus neurônios são usados para executar essas funções de sobrevivência comandadas por seus genes..
Mas se esquecem que estes cérebros, gastam uma enorme quantidade de energia e funções para controlar seus movimentos e seu metabolismo, devido aos seus enormes tamanhos, sobrando pouca coisa para um sistema autoconsciente poder emergir, uma vez que, todos os seus neurônios são usados para executar essas funções de sobrevivência comandadas por seus genes..
Tomemos agora como exemplo, um tipo de vespa, que, para se
reproduzir insere seus ovos dentro de outro inseto, para que o ovo se
desenvolva em larva e se alimente desse hospedeiro ainda vivo.
Se esta vespa tivesse um sistema nervoso altamente evoluído
através de células nervosas miniaturizadas, para assim possuir a mesma
quantidade de células nervosas que possui um ser humano ou outro animal com
algum grau menor de consciência, e dessa forma, ser, ela a vespa, também possuidora
de consciência, ela possivelmente começaria a se questionar sobre sua forma de
reprodução...
O que a move, não é o pensamento semi ou consciente, mas sim, o
pensamento que a sua quantidade de neurônios lhe permite, sendo esse pensamento
comandado pelas instruções contidas em seus genes.
Outras pessoas poderiam cogitar sobre a consciência emergindo de uma comunidade social, como por exemplo, um formigueiro.
O cérebro de uma formiga possui aproximadamente 2,5×10 elevado à 5ª potencia de neurônios, enquanto o cérebro humano possui aproximadamente 1,0×10 elevado à décima potencia de neurônios.
Portanto, uma colônia de 40.000 formigas possui o mesmo número de neurônios que um cérebro humano.
A questão é que existem vários tipos de formigas especializadas dentro de um formigueiro, e cada tipo de formiga, possui uma quantidade de neurônios maior ou menor, justamente para exercer adequadamente suas funções especializadas.
Isso significa que, todos os neurônios de uma formiga, são totalmente dirigidos pelas instruções contidas em seus genes, não sobrando neurônios livres para, em grupo com a colônia, serem usados para a formação de uma consciência coletiva.
Outras pessoas poderiam cogitar sobre a consciência emergindo de uma comunidade social, como por exemplo, um formigueiro.
O cérebro de uma formiga possui aproximadamente 2,5×10 elevado à 5ª potencia de neurônios, enquanto o cérebro humano possui aproximadamente 1,0×10 elevado à décima potencia de neurônios.
Portanto, uma colônia de 40.000 formigas possui o mesmo número de neurônios que um cérebro humano.
A questão é que existem vários tipos de formigas especializadas dentro de um formigueiro, e cada tipo de formiga, possui uma quantidade de neurônios maior ou menor, justamente para exercer adequadamente suas funções especializadas.
Isso significa que, todos os neurônios de uma formiga, são totalmente dirigidos pelas instruções contidas em seus genes, não sobrando neurônios livres para, em grupo com a colônia, serem usados para a formação de uma consciência coletiva.
Isso nos leva à questão da nanotecnologia, seria possível
desenvolver nano robôs conscientes?
A resposta é não.
Os neurônios variam muito de comprimento em função do seu
axônio. Alguns axônios podem medir alguns milímetros e outros podem chegar a 1
m. O diâmetro do neurônio é de cerca de 0,1 mm.
Se conseguirmos construir um nano robô do tamanho de um
neurônio, e acredite, este seria um nano robô grande, para que este nano robô funcione, será necessário que ele possua
dentro dele, uma série de neurônios cibernéticos que farão com que ele possa
executar várias funções necessárias, tal qual os neurônios que uma formiga
possui, a questão maior, é que, para que o nano robô funcione e possa alcançar uma auto consciência coletiva, além dos neurônios usados para o seu funcionamento, seria necessário
se acrescentar outros neurônios que executariam a função de neurônios livres,
para daí, este nano robô, ligar-se em rede com outros nano robôs, para formar
uma consciência.
Só que o problema final está na irredutibilidade, ora, um
nano robô do tamanho de um neurônio, para funcionar pelo menos, como uma mera
formiga, para executar sua funções, necessitaria possuir a seguinte quantidade de neurônios: 2,5×10
elevado à 5ª potência, quantidade essa, que deveria ocupar um espaço menor do
que um neurônio biológico ocupa, pois, estes neurônios cibernéticos seriam
apenas uma parte de todo o nano robô.
A miniaturização necessária para se criar um nano robô cibernético funcional, com células cibernéticas funcionais de tamanha ordem de miniaturização, sabendo-se a enorme
quantidade de neurônios cibernéticos necessária para que um nano robô do
tamanho de uma única célula neural biológica, funcione adequadamente, não é nem
um pouco provável, por mais fé que se tenha na hipotética possibilidade.
Esses nano robôs, para desenvolver uma consciência, dependeriam assim, de um cérebro
externo, com o tamanho suficiente para possuir um sistema nervoso cibernético, com a enorme quantidade de células nervosas cibernéticas necessárias, para controlar as ações de todos os nano robôs, através de ondas de rádio, além de uma enorme quantidade extra de neurônios livres, para fazer emergir uma consciência.
Mesmo assim, os nano robôs, não seriam conscientes, mas seriam na
verdade, apêndices rádio controlados por uma consciência externa.
O máximo que poderemos fazer, são nano robôs com a
inteligência suficiente para efetuar pouquíssimas ações pré-programadas o que
em última análise, não seria uma inteligência propriamente dita, eles seriam
apenas autômatos com instruções para executar algumas ações de forma mecânica.
E só lembrando, ainda levará muito tempo, para conseguirmos
desenvolver um cérebro robótico semiconsciente, muito, muito tempo mesmo, o que
dirá então, de um robô totalmente consciente...
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