quarta-feira, 5 de março de 2014

Ideologias, eu não quero uma pra viver... Não quero, ou melhor, não preciso!


Ideologias, eu não quero uma pra viver...

Não quero, ou melhor, não preciso!

Texto criado por: Roberto das Neves



Quem são os verdadeiros inimigos?


Um país, um estado é, em última instância, uma empresa.

E toda empresa, só funciona, só cresce, só gera lucro para os seus sócios, se for administrada com competência por profissionais gabaritados, com formação acadêmica e experiência trabalhista de sucesso.

E nesse sentido, nós, o povo desse país, somos os sócios desse estado, somos os seus acionistas que, através de nossos impostos, pagos religiosamente todo ano, esperamos que esse estado, essa empresa, gere lucros em benefício de todos os cidadãos.

Lucro esse, gerado e transformado por nossos impostos, em benefícios para toda a população, através de saúde, educação, segurança, justiça, transporte e infraestrutura, para que o país se desenvolva cada vez mais e torne-se um país de primeiro mundo, ou melhor, uma empresa de primeiro mundo que lucra e gera benefícios para todos os cidadãos, seus acionistas de fato.

Nenhuma empresa sobrevive, alcança o sucesso e gera lucro para seus acionistas, se ela é administrada por incompetentes sem formação profissional ou sem experiência administrativa, ela quebra, entra em falência e fecha.

O país só não entra em falência, só não fecha, porque continuamos a injetar dinheiro nele todos os anos, através de nossos impostos.

Ao longo de séculos, surgiu um câncer na sociedade humana, e a esse câncer, damos o nome de Política.

E o político é um incompetente administrativo e profissional por natureza, e ciente da sua incompetência, usa, para manter-se no cargo, que deveria ser preenchido por profissionais gabaritados, o seu único dom, o dom da oratória.

Um político jamais conseguiria ocupar um cargo administrativo em uma empresa séria, pois, uma empresa séria, escolhe a dedo os profissionais que nela trabalharão.

Como um político geralmente não tem formação profissional, formação escolar e experiência trabalhista administrativa mínima, o político não pode ocupar um cargo nessa empresa, afinal, os sócios dessa empresa buscam profissionais competentes para nela trabalhar, para que a empresa gere lucro para seus acionistas.

Mas, acontece que, são muitos políticos, nos mais variados partidos e ideologias, para ocupar os poucos cargos para administrar um país.

E a solução que eles criaram para tentar ocupar esses cargos, foi a criação de ideologias político/partidárias.  
Criaram partidos de direita, centro e esquerda, e cada uma delas, criou um inimigo imaginário a ser combatido através de suas oratórias.

E sua oratória é baseada em hipóteses criadas especificamente para o fim à que se destinam: usar o povo como massa de manobra, para conquistar votos e serem eleitos, e assim, ocuparem os cargos que eles cobiçam, uma vez que, somente assim, eles podem ocupar esses cargos, sem ter a mínima competência administrativa, trabalhista e experiência.

Uma vez alcançado o cargo, o político então, monta seu curral eleitoral, para manter-se nesse cargo.

Ele cria empregos não necessários para o país, para que seus apoiadores continuem a apoiá-lo, sugando 
assim, os impostos que deveriam ser utilizados para o país crescer e evoluir, em benefício de toda a população.

As empresas estatais assim incham cada vez mais a cada ano, sugando cada vez mais o dinheiro advindo dos impostos, tornando-se ineficientes gigantescas, lerdas e incompetentes.

Mas isso não é suficiente, é preciso manter uma parcela do povo em contínua luta contra um inimigo inexistente e imaginário, ou criando novos inimigos inexistentes para ludibria-los, escondendo de suas vistas, quem são os verdadeiros inimigos, eles mesmos, os políticos.

Além disso, para manter-se em seu cargo, é preciso vez ou outra, mandar esmolas para o povo, travestida de benefícios, para manter seu curral eleitoral em suas garras, fazendo-os crer que essa esmola é um avanço social, fazendo-os crer que esse dinheiro, essa esmola, foi dinheiro arrancado desses inimigos imaginários, sem nunca ter sido. Esse dinheiro vem dos impostos pagos por todos nós, os cidadãos, os acionistas da empresa Brasil.

Você pode argumentar que nem todos os políticos são assim. Concordo, mas, os políticos honestos, são aqueles que conquistam um cargo, tentam lutar contra esse sistema e, não conseguindo, vão até o fim de seu mandato, da maneira mais honesta e digna possível e depois, nunca mais tentam se eleger, saem da vida política, pois descobrem como os políticos “profissionais” e suas ideologias, realmente são.

Abram seus olhos, o político é uma casta que não é a favor do povo, nunca foi. Ele apenas usa o povo que ele ludibria, para manter-se em seu cargo, pois, se tentasse ocupar um cargo de forma legal, honesta e correta, ou seja, concursada, ele jamais conquistaria tal cargo, pois não tem formação, competência e experiência, para tal.

Os funcionários públicos são sim, nossos empregados e devemos exigir dos funcionários administradores, que, através de sua administração, o país gere lucro em benefício de toda a população.

Então, precisamos substituir a casta política, eliminar os cargos políticos, pois, ao longo de toda a história de nosso país, essa casta, seja ela de qual doutrina ideológica professe, demonstrou ser falha e incompetente.
Independente de qual partido conquiste o poder, já obtivemos provas incontestes de que eles jamais foram a solução, mas sim, o verdadeiro problema do nosso país não tornar-se rico em benefício de toda a população.

Entra partido, sai partido, e os problemas continuam existindo, nunca encontram a solução, e não encontram a solução, por dois motivos: são incompetentes como administradores e não querem realmente encontrar soluções, pois, acham mais fácil, criar currais eleitorais para se manterem no poder, impedindo que outros partidos ocupem seus lugares na administração.

São incompetentes lutando para não serem substituídos por outros incompetentes.

Mas, qual seria a solução para colocar o país nos trilhos do desenvolvimento e geração de riqueza para toda a população?

A solução é muito simples:

Para que uma pessoa exerça um cargo como presidente, governador ou prefeito, essa pessoa deverá participar de concurso público, onde ele demonstrará sua competência e experiência administrativa. Através de concurso público, selecionaremos os profissionais mais gabaritados para ocuparem esses cargos.

E, estes profissionais que serão escolhidos, poderão ser sumariamente demitidos, quando demonstrarem não serem eficientes no cargo que conquistaram e substituídos por outros profissionais concursados.

Os cargos políticos não necessários para a administração, como por exemplo: vereadores, deputados e senadores, serão extintos, pois, para administrar um país, não há necessidade nenhuma de ideologias partidárias, elas já demonstraram ao longo de centenas de anos a sua ineficiência e não precisamos delas para absolutamente nada.

Uma administração profissional, não precisa de ideologias políticas para tornar o país lucrativo para toda a população.

Toda a população é acionária do país, e como acionária, será beneficiária da riqueza gerada por um país bem administrado profissionalmente e não ideologicamente.

Chega de políticos, não precisamos deles e de suas ideologias, precisamos é de soluções permanentes, coisa que eles jamais ofereceram ou oferecerão.










quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A respeito de revoluções: teoria da relatividade e a história da ciência

A respeito de revoluções: teoria da relatividade e a história da ciência

Autor: Gildo Magalhães

Em nossas universidades fazem falta bons cursos de história da física, química e de outras ciências em geral, para formar os respectivos alunos de graduação. Longe das construções que se repetem enfadonhamente nos livros-textos, a história da ciência mais interessante é aquela viva, que interpreta e merece atenção dos pesquisadores exatamente porque problematiza os métodos e “fatos”, trazendo reflexões relevantes para os dias de hoje.



O interesse por parte dos alunos é indicativo de que há uma enorme demanda reprimida por discussões desse teor – ou seja, os físicos por exemplo, gostariam de discutir mais os fundamentos de sua teoria quântica, ou os biólogos gostariam de debater os conceitos filosóficos, os vínculos políticos e culturais que se introjetaram na formulação original da seleção natural ou posteriormente na teoria sintética da evolução. E se constata, infelizmente, pois é uma reclamação geral, que esses temas nunca foram apresentados por seus professores como o que são, isto é, hipóteses com maior ou menor capacidade de responder a perguntas sobre como é o universo em que estamos vivendo.

São portanto teorias que podem estar respondendo bem aos testes a que foram submetidas, algumas há anos e outras há séculos, sem que se possa, porém, garantir que jamais serão substituídas por outras, que lhes sejam complementares ou que até sejam no momento consideradas opostas às idéias aceitas pela maioria. Tais possibilidades não implicam o ceticismo total, ou o desprezo pelas teorias atuais, pois sabemos que elas constituem um patamar comum para o homem se relacionar de maneira racional e bem sucedida, com o universo. O que se quer enfatizar é que não há nem nunca houve verdades absolutas.

Ora, se o conflito é inerente às teorias científicas, o surgimento de discordâncias internas é uma das características para se definir o que é ciência. A ciência se distingue pela generalização do conhecimento, e não pela particularização, ela é uma tentativa de generalização historicamente situada, com fatores de sucesso, embora sempre com algumas incompletudes ou imperfeições. Uma generalização absoluta seria inconcebível, pois seria a explicação final, o fim da ciência enquanto uma busca de conhecimento.

O século XVIII testemunhou as revoluções americana e francesa, enquanto que no século XIX ocorreram, com grande repercussão, os movimentos populares europeus de 1848 e a Comuna de Paris, em 1871, em que o proletariado fez ouvir sua voz. Costuma-se referir a esse período e até o início do século XX, com a revolução soviética, como uma era de revoluções políticas e sociais.

Diferentemente das revoluções sociais, as transformações científicas se dão de forma muito mais lenta. Embora seja útil desmistificar noções tais como de “revolução industrial” ou “revolução científica”, é certo que também nas ciências houve mudanças notáveis nesse período de mais ou menos cento e cinqüenta anos a partir da independência dos EUA. Nessa época ocorreu a renovação da hipótese atômica e a descoberta da periodicidade dos elementos da química, foi desenvolvida a física matemática básica da atualidade, a criação da teoria dos conjuntos infinitos por Cantor e muitos outros empreendimentos notáveis. Foram mudanças que resultaram da contribuição de inúmeras pessoas em diferentes locais, mas seria negar o papel fundamental do indivíduo se desprezássemos a contribuição de cada cientista ao processo, como os trabalhos fundamentais de Ampère, Fresnel, Gauss, Riemann ou Cantor, por exemplo.

A linguagem musical desse período passou também por mudanças “revolucionárias”, e em particular o melhor exemplo disso é o da música de Beethoven, altamente apreciada e praticada por grandes cientistas que transformaram a física do século XIX naquilo que hoje conhecemos, como foi o caso de Max Planck e Albert Einstein, músicos amadores mas talentosos. É na música de Beethoven que aparece com muita clareza a apresentação de “contradições” na melodia, que criam o “novo”, inicialmente mantendo a tensão com o antigo, numa elaboração avançada dos princípios da fuga e do contraponto. O conflito se resolve de forma a criar uma nova harmonia com o existente, e quando menos se espera, Beethoven nos dá a inovação evolutiva, que suplanta o que se apresentara antes, em analogia estreita com o que se pode descrever para o processo da razão científica na criação de teorias.

Um exemplo importante desse movimento é a teoria de Einstein da relatividade, no início do século XX. Esta teoria surgiu de estudos que Einstein fez das obras de física matemática de Weber e Riemann (inclusive de sua geometria não euclidiana), além da história da ciência exposta por Mach, bem como da filosofia de Espinosa. Observe-se ainda que houve mais de uma “teoria da relatividade” na época, com pelo menos uma de interesse ainda atual, que é a de Lorentz. A relatividade de Einstein se divide na chamada teoria restrita, em que aplica os raciocínios de Galileu sobre o movimento relativo às cargas elétricas, e a sua teoria geral, em que se concentra sobre a gravidade e questões cosmológicas de nosso universo.

Os interesses fundamentais de Einstein eram o de interpretar a física e procurar nela uma unidade fundamental, não se limitando ao aspecto experimental e matemático usual. Isto se evidenciou mesmo antes da formulação de sua teoria da relatividade, como em seus estudos de partículas coloidais em líquidos (movimento browniano) e a aplicação da quantização da energia à luz, em suas hipóteses sobre o efeito fotoelétrico. Nessas áreas Einstein amadureceu seus pensamentos, conseguindo publicar seus três artigos “revolucionários” em 1905.

Bem, ao contrário do que muitos imaginam, a teoria da relatividade de Einstein embora bastante aceita não é irrefutável. A exemplo de todas as teorias científicas, ela criou “instabilidades” na teoria que acabaram sendo resolvidas, ao mesmo tempo que despertou novas discordâncias. Exemplos disso são as perguntas que surgem em congressos sobre os fundamentos da física: existe ou não um “éter”? A velocidade da luz é constante, já que tem havido diversas experiências para refutar os resultados de Michelson-Morley? O que é a gravidade? A julgar pela literatura científica mais crítica sobre tais assuntos, ainda não é possível dar respostas irrevogáveis a respeito da exatidão e dos limites da teoria da relatividade de Einstein.

Causa espécie entre os cientistas que não conhecem a história das ciências citar esse grande debate mundial que cerca as teorias restrita e geral da relatividade, debate cuja existência se pretende até desmentir. Sem contar a discussão inicial do começo do século XX, envolvendo Einstein, Poincaré e Lorentz. Na atualidade mais próxima de nossa época podem-se citar diversos autores relevantes que estão trabalhando sobre o assunto. O físico canadense Paul Marmet, em seu Einstein’s theory of relativity versus classical mechanics (1998), procura demonstrar que são supérfluos os princípios da relatividade einsteiniana para explicar a contração e dilatação do espaço-tempo e o avanço do periélio de Mercúrio. Estes são fenômenos que segundo o autor se deixam explicar perfeitamente bem com a mecânica não relativística. Um ponto considerado basilar para o história da comprovação da relatividade é a pretendida deflexão da luz pelo campo gravitacional do sol, e Marmet faz uma análise crítica da precariedade dos dados coletados com essa finalidade nas expedições do eclipse solar de 1919, inclusive a de Sobral, no Ceará.

Há uma longa e ignorada tradição de desconfiança com relação aos resultados obtidos ao final do século XIX sobre o que seria a constância da velocidade da luz, evidente com as novas investidas pelo físico americano Dayton Miller (entre1925-26) para provar que a experiência de Michelson-Morley dá resultados diferentes do que aquilo que se aprende nos livros-textos. Outro autor que se dedicou ao assunto é Joseph Levy, que tem trabalhado na França para demonstrar que a velocidade da luz não é o limite superior assumido pela teoria da relatividade convencional. Objeções desse porte têm sido objeto de diversas publicações, como por exemplo os trabalhos reunidos pelo renomado físico italiano Franco Selleri – e que se podem consultar em Fundamental questions in quantum physics and relativity (mais antigo, de 1993, mas não menos relevante).

Como último exemplo em torno do debate sobre a relatividade, há o exaustivo trabalho que vem sendo empreendido desde a década de 1980 pelo físico experimental e economista francês (prêmio Nobel em 1988) Maurice Allais sobre a referida experiência de Michelson-Morley. Allais retomou esse tema, refinando bastante as bases experimentais, para concluir que tais resultados eram afinal questionáveis, daí resultando a publicação de sua obra recente L’anisotropie de l’espace (1997).

Nada disto nos autorizaria a dizer que Einstein estava errado, pois há experiências cruciais propostas para tirar tais dúvidas que ainda não foram realizadas a contento. Tampouco essa questões tiram o mérito da fecunda e inovadora obra do influente cientista e pensador que foi Einstein. Certamente ele foi muito engenhoso ao criar suas teorias mas manter uma abertura para discutir o assunto é difícil dentro da comunidade científica, que se revela muito conservadora. Por outro lado, ignorar esse embate de concepções, ou omiti-lo quando se o conhece, é muito estranho num ambiente formador de cultura. A impressão é mesmo de que no fundo se desconhece a história – e quem não conhece história incorre em erros mais facilmente.

As publicações citadas e muitas outras que se poderia mencionar no caso da relatividade servem pelo menos para atestar que até “fatos” são passíveis de tratamento idiossincrático. Temas científicos serem também matéria de opinião constitui algo salutar e não execrável. Poderíamos também perguntar se muitos de nossos professores não deveriam passar por um auto-exame de consciência, indagando se nunca em seu foro íntimo tiveram dúvidas quanto ao que é consensual em seu campo – e trágico seria se de fato nunca as tiverem tido.

Por esses motivos e para fazer melhor justiça a um cientista do porte de Einstein é que todos deveríamos apreciar o que alguém como Max Planck diz em seu Convite à física: “Para um teórico realmente digno do nome, pode-se dizer de passagem que nada poderia ser mais interessante do que um fato que vai contra uma teoria até então tida como sólida; para ele, o trabalho real começa nesse ponto”.

Gildo Magalhães é professor de História da Ciência na USP.


Vocês sabiam que Louis Essen, criador dos relógios atômicos, classificou a teoria da relatividade como fraude ou piada?:






Contestação aos dados hafele Keating:




sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A medição do tempo (por Henri Poincaré – 1898)

A medição do tempo (por Henri Poincaré – 1898)


Desde que não abandonemos os domínios da consciência, a noção do tempo é bastante clara. Não só distinguimos sem qualquer esforço a sensação presente das lembranças de sensações passadas ou da previsão de sensações futuras mas sabemos perfeitamente quando queremos dizer quando afirmamos que, de dois fenómenos conscientes dos quais nos recordamos, um é anterior ao outro, isto é, entre dois fenómenos conscientes previstos, um será anterior ao outro.

Quando dizemos que dois acontecimentos conscientes são simultâneos, queremos dizer que se interpenetram profundamente, um no outro, de tal forma que uma análise não os poderá apartar sem os destruir.

A ordem segundo a qual apreendemos os fenómenos conscientes não é arbitrária. É-nos imposta e não a podemos alterar.

Tenho uma observação a adendar. Para que um conjunto de sensações seja uma lembrança susceptível de ser classificada de acordo com o tempo, é necessário que deixe de ser actual, que nós tenhamos perdido o senso da sua infinda complexidade sem a qual se manteria actual. É necessário que tenha – por assim dizer – cristalizado em torno dum centro de associações de ideias que se comporte como uma espécie de etiqueta. É, todavia, somente quando estas se perdem que podemos classificar as nossas lembranças no tempo, como um botânico organiza no seu herbário as flores secas.

Mas estas etiquetas são em número finito. Tendo isto em conta, o tempo psicológico será descontínuo. Donde provém este sentimento de que, entre dois quaisquer instantes, existem sempre outros dois instantes? Classificamos as nossas lembranças temporalmente mas sabemos que restam espaços em branco. Como poderia ser se o tempo não fosse uma forma pré-existente nas nossas mentes? Como saberíamos que existem espaços em branco, se estes não nos são revelados pelo seu conteúdo?

Mas não é tudo. Nesta forma, queremos ir não somente aos fenómenos da nossa consciência mas àqueles cujo palco é de outras consciências. Ainda mais, queremos considerar os fenómenos físicos, aqueles, não sei quais, no espaço que habitamos e de que nenhuma consciência se apercebe directamente. É extremamente necessário porque, sem elas, a ciência deixava de existir. Resumindo em uma palavra, é-nos fornecido o tempo psicológico e nós queremos construir o tempo científico e físico. É aqui que a dificuldade começa, ou antes, as dificuldades, pois nos deparamos com duas.

Eis duas consciências que são como impenetráveis uma sobre a outra. Como fazê-las entrar no mesmo molde, medi-las com a mesma bitola? Não é o mesmo como se quiséssemos medir com um grama ou pesar com um metro? Sabemos, porventura, que um feito é anterior a outro, mas não o quanto.

Daí, duas dificuldades:

1.       Podemos transformar o tempo psicológico, que é qualitativo, num tempo quantitativo?

2.       Podemos reduzir a uma mesma medida os acontecimentos que se passam em mundos diferentes?

A primeira dificuldade já foi notada há muito tempo, foi tema de longas discussões e podemos dizer que a questão está resolvida. Não temos a intuição directa da igualdade de dois intervalos de tempo. Aqueles que crêem possuir essa intuição são vítimas de uma ilusão.

Quando digo que do meio-dia à uma hora, passou o mesmo tempo que das duas às três horas, que sentido tem essa afirmação?

A menor reflexão mostra que não traz sentido algum por ela mesma. Ela terá o sentido que lhe quero dar, por uma definição que comporta um certo grau de arbitrariedade. Os psicólogos poderiam viver sem esta definição. Os físicos e os astrónomos não o poderiam. Vejamos como o contornaram.

Para medir o tempo, servem-se do pêndulo e admitem, por definição, que todos os batimentos do pêndulo têm igual duração. Mas não deixa de ser uma primeira aproximação. A temperatura, a resistência do ar, a pressão barométrica fazem variar o movimento do pêndulo. Se nos escapássemos a estas causas de erro, obteríamos uma melhor aproximação, mas continuava a ser uma aproximação. As novas causas, desprezadas até agora, eléctricas, magnéticas ou outros vêm trazer pequenas perturbações.

Em efeito, os melhores relógios devem ser corrigidos de tempos em tempos e as correcções deverão ser feitas com base nas observações astronómicas. Actuamos de modo que o relógio sideral marque a mesma hora quando a mesma estrela passa o meridiano. Por outras palavras, é o dia sideral, isto é, a duração da rotação da Terra que é a unidade constante do tempo. Admitimos, por uma nova definição, substituindo aquela aferente aos batimentos dum pêndulo, que os movimentos de rotação da Terra em torno do seu eixo têm a mesma duração. No entanto, os astrónomos não se contentam com esta definição. Alguns entre eles pensam que as marés actuam como um freio sobre o nosso globo e que a rotação da Terra se torna cada vez mais lenta. Assim se explica a aceleração aparente do movimento da lua que parece mover-se mais rápido do que a teoria prevê porque o nosso relógio, que é a Terra, se retarda.

Tudo isso pouco importa, dizemos. Sem dúvida, os nossos instrumentos de medida são imperfeitos, mas é suficiente que possamos conceber um instrumento perfeito. Este ideal não pode ser atingido, mas será suficiente ter-se concebido e ter-se trazido rigor na definição da unidade de tempo.

O pior é que este rigor não se pode encontrar. Quando nos servimos do pêndulo para medir o tempo, qual é o postulado que admitimos implicitamente?

É que a duração de dois fenómenos idênticos é a mesma. Ou se preferirmos, que as mesmas causas demoram o mesmo tempo a produzir os mesmos efeitos.

Eis, numa primeira abordagem, uma boa definição da igualdade de duas durações. Analisemo-la, então. Será possível que a experiência venha um dia a desmentir o nosso postulado?

Eu explico-me. Suponho que, num certo ponto do mundo, se passa o fenómeno α produzindo como consequência, ao fim dum intervalo de tempo, o efeito α’. Num outro ponto do mundo muito afastado do primeiro, passa-se o fenómeno β que traz como consequência o efeito β’. Os fenómenos α e α’ são simultâneos e o mesmo se pode dizer dos efeitos β e β’.

Numa época ulterior o fenómeno α reproduz-se em circunstâncias muito idênticas e, simultaneamente, o fenómeno β também se reproduz num ponto muito afastado do mundo e , aproximadamente, nas mesmas circunstâncias.

Os efeitos α’ e β’ também se vão reproduzir. Suponho que o efeito α’ se dará sensivelmente antes do evento β’. Se a experiência nos proporcionasse um tal espectáculo, o nosso postulado seria desmentido.

Contudo, a experiência mostra-nos que a primeira duração αα‘ é igual à primeira duração ββ’ e que a segunda duração αα‘ é mais pequena que a segunda duração ββ’. Pelo contrário, o nosso postulado exigiria que as duas durações αα‘ fossem iguais entre elas e o mesmo teria de acontecer para as duas durações ββ’. A igualdade e desigualdade deduzidas da experiência serão incompatíveis com as duas igualdades tiradas do postulado.

Ora, podemos afirmar que as hipóteses que eu apresentei são absurdas? Elas não trazem nada em contrário ao princípio da contradição. Sem dúvida, elas não podem ser alcançadas sem que o princípio da razão suficiente pareça ser violado. Mas para justificar uma definição tão fundamental, prefiro uma outra garantia.

No que concerne à realidade física, uma causa não produz um efeito, mas uma variedade de causas distintas contribuem para a sua produção sem que possamos discernir o papel de cada uma delas. Os físicos procuram fazer esta distinção mas apenas a fazem aproximadamente e jamais a farão senão aproximadamente. É apenas aproximadamente que o movimento do pêndulo depende unicamente da atracção da Terra mas tendo em conta todo o rigor, até a atracção de Sirius actua sobre o pêndulo.

Nestas condições, é claro que uma causa que produz um certo efeito numa determinada altura, apenas aproximadamente voltará a repetir.

Então devemos modificar o nosso postulado e a nossa definição.

Em vez de dizer: as mesmas causas demoram o mesmo tempo a produzir os mesmos efeitos.

Deveremos dizer: as causas aproximadamente idênticas demoram aproximadamente o mesmo tempo a produzir aproximadamente os mesmos efeitos.

A nossa definição é apenas aproximada.

Então, como o fez notar Calinon na sua recente memória (Études sur les diverses grandeurs; Paris Gauthier-Villars, 1897): uma das circunstâncias dum fenómeno qualquer é a velocidade de rotação da Terra. Se esta velocidade varia, ela constitui, na reprodução desse fenómeno, uma circunstância diferente. Mas supor essa velocidade constante, é o mesmo que supor que sabemos medir o tempo.

A nossa definição não é satisfatória. É certamente aquela que o astrónomo, que atrás citei, adopta implicitamente, quando afirma que a rotação da Terra se vai alentando.

Que sentido tem, nas suas palavras, esta afirmação? Não o poderemos compreender se não analisarmos as provas que nos fornecem sobre as suas proposições.

Dizem que a fricção das marés produz calor e deve destruir as forças vivas (energia cinética). Invocam o princípio das forças vivas ou da conservação da energia. Afirmam que a aceleração secular da Lua, calculada com o auxílio de lei de Newton é menor do que aquela que é deduzida das observações, se não fizermos a correcção relativa ao retardamento da rotação terrestre. Eles invocam a lei de Newton. Noutros termos, definem a duração do seguinte modo: o tempo deve ser definido de modo que tanto a lei de Newton como o princípio das forças vivas seja verificado.

A lei de Newton é uma constatação da experiência e como tal é aproximada, o que mostra que continuamos a ter uma definição aproximada também.

Se supusermos que adoptamos uma outra maneira de medir o tempo, as experiências fundamentadas na lei de Newton não deixam de conservar o mesmo sentido. Apenas o enunciado da lei será diferente porque será traduzido numa outra linguagem. Será, contudo, menos simples.

A definição implicitamente acatada pelos astrónomos pode ser resumida do seguinte modo:

O tempo deve ser definido de modo que as equações da mecânica sejam as mais simples possíveis. Por outras palavras, não existe a maneira mais válida de medir o tempo. Apenas a que é geralmente adoptada é a mais cómoda. De dois relógios não é justo dizer que um anda bem e outro mal. Podemos dizer que nos trás vantagens em nos reportarmos às indicações do primeiro do que às do segundo.

A dificuldade com a qual nos vamos ocupar foi, como disse, muitas vezes notada. Entre as obras mais recentes onde surge esta questão, cito, para além do opúsculo de Calinon, o tratado de mecânica de Andrade.

A segunda dificuldade tem, até agora, atraído menos atenções. Ela é muito análoga à primeira e mesmo logicamente, tenho o dever de a discutir de seguida.

Dois fenómenos físicos passam-se em duas consciências diferentes. Quando digo que estes são simultâneos, o que quero realmente dizer? Quando digo que um fenómeno físico que se passa fora de todas as consciências é anterior ou posterior a um fenómeno psicológico, que quero dizer com isso?

Em 1572, Tycho Braché observa no céu uma nova estrela. Uma imensa conflagração é produzida naqueles astros tão distantes. Mas ela produziu-se muito tempo antes. Levou pelo menos duzentos anos desde que a luz que partiu desta estrela atingiu a nossa Terra. Esta conflagração é anterior à descoberta da América.

Pois bem, quando digo isto, quando considero este fenómeno gigantesco que não pôde ter qualquer testemunha, uma vez que os satélites destas estrelas não são habitados, quando digo que este fenómeno é anterior à formação da imagem visual da ilha “La Española” na consciência do Cristóvão Colombo, que quero dizer?

É suficiente um pouco de reflexão para que todas estas afirmações são desprovidas de qualquer sentido. Elas não o poderão ter senão por intermédio de uma convenção.

Doravante, nos propomos averiguar como podemos evitar a ideia de fazer entrar, num mesmo quadro, uma série de mundos impenetráveis uns sobre os outros. Gostaríamos de representar o Universo exterior e é desta forma que cremos compreendê-lo.

Esta representação, jamais na alcançaremos, sabemos: a nossa doença é demasiado grande.

Nós queremos, ao menos, que possa ser concebido por uma inteligência infinita para a qual tal representação seja possível, uma espécie de grande consciência que de tudo se apercebe, e que classifica tudo ao longo do nosso tempo, o pouco que vemos.

Esta hipótese é grosseira e incompleta, porque esta inteligência suprema será um semideus. Infinito num sentido, será limitado em outro porque terá do passado uma lembrança imperfeita. Não poderá ter outra porque todas as recordações lhe serão igualmente presentes e ele não terá tempo para todas elas.

E ainda quando falamos do tempo, por tudo o que se passa para além de nós, adoptamos inconscientemente esta hipótese. Colocamo-nos no lugar desse deus imperfeito. Os próprios ateus se colocam nesse lugar ou será Deus, se existir.

Isto que tenho vindo a dizer, mostra-nos talvez porque tentámos enquadrar todos os fenómenos físicos na mesma moldura. Mas tal não pode passar por uma definição de simultaneidade, uma vez que essa inteligência hipotética, se existisse, seria impenetrável por nós. É necessário procurar outra coisa.

As definições usuais concordantes com o tempo psicológico, não nos são suficientes. Dois feitos psicológicos são ligados tão estreitamente que a análise não os poderá separar sem os deturpar. Será o mesmo para dois eventos físicos? O meu presente não estará mais próximo do meu passado de ontem que o presente de Sirius?

Dissemos também que dois feitos devem ser encarados como simultâneos quando a ordem da sua sucessão pode ser invertida à vontade. É evidente que esta definição não é conveniente para dois feitos físicos separados, entre si, por grandes distâncias e que, no que lhes concerne, não compreendemos o que poderá ser essa reversibilidade. Então, é o conceito de sucessão que carecemos definir.

Procuremos dar-nos conta do que entendemos por simultaneidade ou anterioridade e, para tal, analisemos alguns exemplos. Eu escrevo uma carta. Essa carta é lida por um amigo ao qual a enderecei. Eis dois feitos que tiveram, como palco, duas consciências diferentes. Ao escrever esta carta, eu possuía uma imagem visual e o meu amigo possuiu, por seu turno, esta mesma imagem ao ler a carta.

Mesmo que estes dois feitos passam-se em dois mundos interpenetráveis, eu não hesitarei em encarar o primeiro como anterior ao segundo porque creio ser este a causa.

Eu ouço um trovão e concluo que se deu uma descarga eléctrica. Não hesito em considerar o fenómeno físico como anterior à imagem sonora notada pela minha consciência, porque creio que se tratou da causa.

Eis a regra que seguimos e a única que poderemos seguir. Quando um fenómeno nos parece a causa de um outro, encaramo-lo como anterior.

Então é pela causa que definimos o tempo. Mas também se segue que quando dois feitos nos parecem ligados por uma relação constante, como reconhecemos qual é a causa ou qual é o efeito? Admitimos que o feito anterior, o antecedente, é a causa de outro, do consequente. É, então, por intermédio do tempo que definimos a causa. Como saímos deste imbróglio de princípo? Dizemos às vezes post hoc, ergo propter hoc, às vezes propter hoc, ego post hoc. Jamais sairemos deste círculo vicioso?

Vejamos, não como nos meneamos em nos livrarmos dele, porque não nos livramos completamente, mas como procuramos tal saída.

Executo um acto voluntário A e sofro, de seguida, uma sensação D que vejo como uma consequência do acto A. Por outro lado, por uma qualquer razão, deduzo que esta consequência não é imediata mas que se produzem fora da minha consciência, dois feitos B e C, os quais não testemunho e de modo que B seja o efeito de A, que C seja o efeito de B e D seja o efeito de C.

Mas porquê assim? Se creio ter razões para encarar os feitos A, B, C e D como ligados entre si por uma relação de causalidade, porque ordená-los numa ordem causal A, B, C e D e ao mesmo tempo numa ordem cronológica ABCD e não noutra ordem qualquer?

Vejo bem que no acto A tenho o sentimento de ter sido activo enquanto sofrendo a sensação , tenho o sentimento de ter sido passivo. É por isto que encaro o evento A como a causa inicial e  como o efeito último. É por isso que coloco A no início da sucessão e  no seu final. Mas porque meter B antes de C ao invés de C antes de B?

Se nos puserem tal questão, respondemos normalmente: sabemos bem que é B a causa de C porque vemos sempre B se dar após C. Estes dois fenómenos, quando somos testemunhas, passam-se sempre numa certa ordem. Quando fenómenos análogos se produzem sem testemunhas, não há qualquer razão para que essa ordem seja invertida.

Sem dúvida, mas tenhamos cuidado. Nós jamais conhecemos directamente os fenómenos físicos B e C. Aquilo que conhecemos são as sensações B’ e C’ produzidas respectivamente por B e por C. A nossa consciência ensina-nos imediatamente que B’ precede C’ e admitimos que B e C se sucedem na mesma ordem.

Esta regra parece, com efeito, bastante natural, ainda que muitas vezes sejamos conduzidos a afastá-la. Nós só nos apercebemos do ruído do trovão após alguns segundos da descarga eléctrica das nuvens. Entre dois relâmpagos, um longe e outro perto, o primeiro não pode ser anterior ao segundo, uma vez que o som do segundo nos chega depois do ruído do primeiro?

Uma outra dificuldade; temos o direito de falar sobre a causa de um fenómeno? Se todas as partes do Universo são solidárias dentro de uma certa medida, um fenómeno qualquer não será parte do efeito de uma única causa mas da resultante de uma infinidade de causas, dizemos muitas vezes, o estado do Universo um instante anterior.

Como enunciar regras aplicáveis a circunstâncias tão complexas? E portanto, é devido a isto que estas regras não poderão ser gerais e rigorosas. Para não nos perdermos nesta infinita complexidade, façamos uma hipótese mais simples. Consideremos três astros, por exemplo, o Sol, Júpiter e Saturno. Para simplificar, encaramo-los como pontos materiais e isolados do resto do mundo. As posições e velocidades dos corpos num dado instante são suficientes para determinar as posições e velocidades no instante seguinte e, consequentemente, num instante qualquer. As suas posições no instante t determinam as suas posições no instante t+h, assim como as suas posições no instante t-h.

E ainda há mais. A posição de Júpiter no instante t, juntamente com a posição de Saturno no instante t+a, permite determinar a posição de Júpiter num instante qualquer, bem como a posição de Saturno num instante qualquer.

O conjunto de posições que ocupa Júpiter no instante t+ε e Saturno no instante t+a+ε está ligado ao conjunto das posições que ocupa Júpiter no instante t e ocupa Saturno no instante t+a, de acordo com leis tão precisas como aquela de Newton, ou até mais complicadas.

Sendo assim, porque não encarar um dos conjuntos como a causa do outro, que conduz a considerar como simultâneos o instante t de Júpiter e o instante t+a de Saturno? Não poderá haver outra coisa, senão a razão de comodidade e de simplicidade, muito forte, é verdade.

Mas passemos aos exemplos menos artificiais. Para nos darmos conta da definição implícita aceite pelos estudiosos, estudemos as suas obras e procuremos determinar quais as regras eles procuram para a simultaneidade. Escolho dois exemplos simples: a medição da velocidade da luz e a medição das longitudes.

Quando um astrónomo me diz que um fenómeno estelar, que o seu telescópio lhe revelou nesse momento, se passou entretanto há cinquenta anos, procuro saber o que ele quer dizer com isso, pergunto-lhe como sabe, isto é, como é que ele mediu a velocidade da luz.

Ele começou por admitir que a luz tem uma velocidade constante e, em particular, que a sua velocidade é a mesma em todas as direcções. Eis um postulado sem o qual nenhuma medição desta velocidade poderia ser tentada. Este postulado jamais poderá ser verificado directamente pela experiência. Poderá ser contradito por ela, se os resultados das diversas medições não forem concordantes. Deveremos nos sentir satisfeitos que não se dê tal contradição e que as pequenas discordâncias que se produzam possam facilmente ser explicadas.

O postulado, em todo o caso, conforme ao princípio da razão suficiente, foi adoptado por toda a gente. Quero lembrar que nos fornece uma nova regra para a determinação da simultaneidade, inteiramente diferente daquela que nós vimos enunciadas atrás. Admitindo este postulado, vejamos como foi medida a velocidade da luz. Sabemos que Roemer se serviu dos eclipses dos satélites de Júpiter e procurou determinar o quanto esses eventos se atrasavam relativamente à predição.

Mas como fez tal predição? Recorreu-se das leis astronómicas, por exemplo, a lei de Newton.

Os efeitos observados poderiam muito bem ser explicados se atribuíssemos à velocidade da luz um valor um pouco diferente do valor adoptado e se admitíssemos que a lei de Newton é aproximada. Somente seríamos conduzidos as substituir a lei de Newton por uma outra mais complicada. Deste modo, adoptamos para a velocidade da luz um tal valor que as leis astronómicas compatíveis com esse valor são tão simples quanto possível.

Quando os marinheiros ou os geógrafos determinam uma longitude, eles resolvem o problema de que nos ocupamos. Eles têm, sem estar em Paris, de saber a hora de Paris. Como o fazem?

Ora bem, levam um cronómetro sincronizado de Paris. O problema qualitativo da simultaneidade é reduzido ao problema quantitativo da medição do tempo. Não tenho de lembrar as dificuldades inerentes a este último problema porque já nele atrás insisti longamente.

Ou então, observam um fenómeno astronómico, tal como um eclipse da lua e admitem que é apercebido simultaneamente em todos os pontos do globo.

Tal não é inteiramente verdade, porque a propagação da luz não é instantânea. Se quisermos uma exactidão absoluta, haverá uma correcção a fazer de acordo com uma regra complicada.

Ou então, por fim, servem-se do telégrafo. É claro que a recepção do sinal em Berlim, por exemplo, é posterior à expedição desse mesmo sinal em Paris. É a regra da causa e do efeito analisada anteriormente. Mas posterior em quanto? Em geral, negligenciamos a duração da transmissão e encaramos os dois eventos como simultâneos. Mas, para ser rigoroso, faltava fazer uma pequena correcção por um cálculo complicado. Não a fazemos na prática porque seria ainda mais insignificante que os erros de observação. A sua necessidade teórica permanece, no entanto, no nosso ponto de vista, que corresponde ao de uma definição rigorosa.

Desta discussão retenho duas coisas:

1.       As regras aplicadas são muito variadas.

2.       É difícil separar o problema qualitativo da simultaneidade do problema quantitativo da medição do tempo. Quer nos sirvamos dum cronómetro, quer conheçamos o valor da velocidade de uma transmissão, como a da luz, porque não sabemos determinar medir uma tal velocidade sem medir o tempo.

É conveniente concluir. Nós não temos a intuição directa da simultaneidade e muito menos da igualdade de duas durações. Se acreditamos ter essa intuição, é uma ilusão. Nós substituímo-lo por intermédio de certas regras que aplicamos quase sem nos darmos conta. Mas qual é a natureza destas regras?

Não há regra geral, não há regra rigorosa, uma multiplicidade de pequenas regras aplicáveis a cada caso particular. Estas regras não se nos impõem e podemos divertir-nos a inventar outras. No entanto não nos podemos desviar sem complicar demasiado as leis da física, da mecânica, da astronomia.

Nós escolhemos então estas regras, não porque são verdadeiras, mas porque são as mais cómodas e poderíamos resumi-las deste modo:

«A simultaneidade de dois eventos, ou a ordem da sua sucessão, a igualdade de duas durações, deverão ser definidas de modo que o enunciado das leis naturais seja tão simples quanto possível. Por outras palavras, todas estas regras, todas estas definições são o fruto dum oportunismo inconsciente.»



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Explicando como funciona o sistema meritocrático no trabalho, de uma forma que até mesmo um político entenda:


Autor: Roberto das Neves

João trabalhava na área de vendas em uma fábrica de chocolates, era um excelente vendedor, sempre ultrapassava as cotas de vendas estipuladas pela empresa e dessa forma, sempre aumentava os seus ganhos, pois recebia uma pequena porcentagem sobre cada produto que vendia.



Com isso, ele pode dar uma vida digna para a sua família, comprou casa própria, educou seus filhos em boas escolas e mantinha uma pequena poupança para as épocas magras que poderiam vir a acontecer.

Mas, ele chegou a um ponto em sua carreira profissional, onde ele percebeu que poderia alçar voos ainda maiores.

João não se limitava a apenas vender os produtos da empresa onde trabalhava, sempre que sobrava um tempinho, ele procurava aprender como funcionava a estrutura da empresa, sempre tirando pequenos ensinamentos de cada profissional que trabalhava em cada uma das várias áreas que compunham o todo da empresa.

Com a experiência adquirida desses pequenos aprendizados, João começou a sonhar com a possibilidade de ele mesmo montar sua própria empresa.

Mas, ele não queria montar uma nova fábrica de chocolates, ele sabia que o mercado já estava concorrido demais, ele então buscou outra área onde poderia aplicar a sua experiência e aprendizado.

Ele decidiu, após muito pesquisar, que uma pequena fábrica de sorvetes que oferecesse sorvetes de palito com receitas exclusivas e produzidas com as melhores matérias primas e vendidas por um preço justo, seria um produto bem aceito no mercado brasileiro, além disso, ele tinha um grande trunfo na sua própria família: sua mãe era uma exímia confeiteira que criava e produzia artesanalmente em pequena escala, vários doces e os vendia na vizinhança, para aumentar um pouco, os ganhos da família, uma vez que as aposentadorias dela e do seu esposo, não eram suficientes para se manterem dignamente.

Ele então começou a pesquisar sobre como produzir esse produto, o maquinário necessário, quanto seria necessário investir, onde encontrar profissionais para trabalhar para ele, onde encontrar as melhores matérias primas, em quais regiões da cidade ele poderia montar a pequena empresa, etc., etc., etc.

Aos poucos, ele começou a comprar os equipamentos e estoca-los em sua casa enquanto continuava a trabalhar como vendedor na fábrica de chocolates, enquanto isso, sua mãe e sua esposa, criavam e experimentavam novas receitas de sorvetes, e o pai dele e os seus filhos, cuidavam de vender esses sorvetes experimentais para a vizinhança, de porta em porta, descobrindo quais sorvetes tinham mais aceitação.

Depois de alguns anos, ele conseguiu finalmente comprar todos os materiais e equipamentos necessários para montar a pequena fábrica familiar de sorvetes.

Mas, sabendo que o início da fábrica não seria fácil, ele continuou a trabalhar como vendedor de chocolates para manter um fluxo de dinheiro entrando, para poder manter a família sobrevivendo sem depender exclusivamente da fábrica de sorvetes.

Para que a fábrica pudesse gerar lucros e se manter sozinha, ele calculou que precisaria de uma pequena equipe de vendedores com carrinhos frigorificados, e cada um desses sorveteiros deveriam vender uma cota mínima de 300 sorvetes por dia.

Ele montou a equipe, os treinou e equipou, informou a cota de cada um e salientou que aqueles que vendessem a cota e achassem que poderiam vender uma cota maior, o fizessem, assim, poderiam aumentar os seus rendimentos, pois, cada sorveteiro ganharia uma porcentagem sobre cada sorvete vendido, e então, às nove horas de uma determinada manhã, os colocou na rua para vender seus sorvetes.

A equipe foi para a rua, e um fato curioso aconteceu: quase todos eles haviam vendido a sua cota antes das duas horas da tarde.

Eles retornaram para a fábrica, mas apenas parte deles resolveu pegar uma nova cota e sair para continuar vendendo e dessa forma, aumentar os seus ganhos.

A outra parte, não se interessou em pegar uma nova cota, foi embora achando que já haviam cumprido o seu dever, e no dia seguinte e nos demais, continuaram a vender apenas a cota mínima estipulada.

Esses que se limitavam a vender apenas a cota mínima, eram sempre aqueles que reclamavam da empresa e do trabalho, e começavam a cultivar uma antipatia contra aqueles funcionários que estavam aumentando as suas vendas e consequentemente, os seus ganhos e melhorando de vida.

João, o dono da fábrica, ciente disso e sabendo que poderia vender muito mais sorvetes, começou então a demitir os sorveteiros que só vendiam a cota básica e estavam sempre insatisfeitos e gerando problemas, e contratou novos vendedores com mais capacidade e mais vontade de vencer.

Aos poucos, a fábrica foi crescendo, foi ampliada, mais equipamentos foram comprados, novos produtos foram criados, e novas equipes profissionais e bem treinadas foram montadas.

Alguns dos sorveteiros das equipes iniciais foram promovidos por mérito a gerentes de equipe e aumentaram ainda mais seus ganhos.

Outros, das equipes iniciais, conseguiram, através de seus ganhos e méritos próprios, formar e manter suas famílias dignamente e dar a elas um estilo de vida decente e honesto.

Outros adquiriram experiência suficiente para alçar voos ainda maiores e montar empresas de representação dos produtos de João em outras cidades, e alguns poucos outros, decidiram que já poderiam, através das experiências adquiridas no trabalho, sonhar em montar suas próprias empresas.

E aqueles primeiros funcionários que foram demitidos?

Alguns poucos aprenderam a lição e tornaram-se bons vendedores em outras empresas, mas muitos outros continuaram sendo profissionais medíocres, cumprindo sempre e mal, o mínimo, pulando de uma empresa para outra e apenas sobrevivendo, sem poder oferecer uma vida digna para a sua família e sempre culpando as empresas por seu próprio fracasso profissional.

Agora, finalmente depois dessa explanação, posso chegar ao ponto, sobre o Estado, seja ele de direita, esquerda ou centro.

Um país, para realmente se desenvolver, e gerar riqueza em benefício de toda a população, deve ser encarada e administrada como uma Empresa, e de fato, se formos analisar friamente, ela o é!

A população total desse país é a acionista dessa empresa e investe nela o seu dinheiro, através do pagamento de impostos.

É obrigação e dever do Estado, administrar esses impostos, de forma que eles gerem lucros para nós acionistas, na forma de saúde, educação, segurança e infraestrutura.

Uma vez que o Estado é formado por políticos que não tem conhecimento prático e experiência sobre o funcionamento e os benefícios do sistema meritocrático no trabalho, pois, a grande maioria deles nunca estudou e se formou em administração de empresas, ou mesmo simplesmente, nunca trabalhou para se auto sustentar, ou ainda, apenas trabalhou em empresas administradas pelo próprio estado, onde não existe o sistema meritocrático, lhes falta assim, possuir o conhecimento e a experiência necessária para administrar o Estado de um país, de forma correta e lucrativa para a população.

Todas as empresas administradas pelo estado, inclusive o próprio estado, seja ele de qual tendência ideológica for, são ineptas, ineficazes e geram prejuízos cada vez maiores para a população de um país.

Uma vez que o Estado não implementa um sistema meritocrático em sua máquina, para premiar os trabalhadores mais eficientes, e melhor preparados, demitindo os trabalhadores ineficientes, e assim, enxugar o cabide de empregos estatais, as empresas estatais e o próprio Estado, acabam contratando profissionais cada vez menos preparados, funcionários que cumprirão apenas o mínimo do mínimo para se manterem em seus empregos, da forma mais ineficiente possível, obrigando o Estado a contratar cada vez mais e mais mão de obra, para tentar suprir a demanda cada vez maior para atender a população.

Uma vez que esses funcionários ineficientes não podem ser demitidos, os funcionários que poderiam ser mais eficientes acabam tornando-se também ineficientes, pois não recebem nenhuma vantagem ou melhorias no trabalho para serem mais eficientes e crescerem profissionalmente.

Com isso, as empresas estatais e o próprio estado inflam assustadoramente, gerando mais e mais empregos ineficientes, mais funcionários descontentes e cada vez menos preparados, e cada vez mais propensos para entrarem em greves por melhores salários, e a população do país torna-se cada vez mais mal atendida e cativa do Estado.

E você, já sentiu em sua própria pele, a ineficiência, a falta de preparo, a falta de educação e descaso desses funcionários do Estado, quando precisa deles.

Eles agem assim, pois tem seus empregos garantidos, por mais mal preparados e ineficientes que sejam, agem assim, pois sabem que não adianta serem eficientes, pois continuarão a receber o mesmo salário que receberá um funcionário incompetente, mal educado e ineficaz em suas obrigações enquanto trabalhador. Agem assim, porque sabem que por mais ineficientes que sejam, continuarão a ter seus empregos garantidos.

Mas, será que todos os funcionários que trabalham em empresas estatais e autarquias são realmente incompetentes, ou existe algo que os torna incompetentes?

Uma vez que nas empresas e autarquias estatais, não existe um sistema meritocrático para avaliar o desempenho dos profissionais que lá trabalham, dando-lhe méritos e salários diferenciados em relação aos funcionários menos competentes, todos os salários são então, iguais. 

Não importa que você seja um excelente profissional, sua dedicação e talento para a carreira que escolheu, não tem valor algum, se você é um profissional talentoso, você receberá o mesmo salário de um profissional medíocre, que se formou empurrando o curso com a barriga e que não tem o talento, a dedicação e nem a competência que você tem.

Então, o que acontece é o seguinte:

Uma vez que você percebe que é considerado artificialmente igual aos outros, sem ser realmente, você automaticamente, baixa o seu nível, ou seja, você passa a ser um profissional medíocre, pois, não recebe recompensa nenhuma por ser competente, por ser melhor.

Você passa a empurrar o seu trabalho, não se esforça, pois, se poupa para, nas horas vagas, conseguir mais um emprego para melhorar a sua renda.

Ou seja, independentemente do tempo que você teve que disponibilizar para se formar, seus cursos extras, sua dedicação, sua capacidade superior, para ser o melhor profissional possível, seu salário, será exatamente igual ao de todos os outros profissionais que trabalham na mesma área e que são medíocres.

Novamente, trocando em miúdos: Se você estudou para se tornar um médico ou um professor altamente especializado, investindo muitos anos da vida ao estudo, quando você trabalhar em uma empresa estatal, você receberá exatamente o mesmo salário que um médico ou um professor  medíocre, para exercer este trabalho.


O fato de você, enquanto médico, viver diariamente sob a tensão de ter vidas em suas mãos e tentar salva-las, o stress advindo dessa profissão, os anos de estudo de especialização em que você gastou grande parte de sua vida, não são levados em conta na hora de receber o seu salário, pois, o sistema estatal preconiza que todos os profissionais da mesma área recebam o mesmo salário, independentemente de qual o nível de profissionalismo você possua.

O Estado, dessa forma, está repleto de mão de obra ineficaz e incompetente, e precisa contratar cada vez mais funcionários que tornam-se incompetentes e medíocres por culpa do próprio estado.

Ao não instalar um sistema meritocrático no trabalho, os novos contratados, por mais competentes e profissionais que sejam, irão sempre fazer o mínimo do mínimo, para compensar o trabalho mínimo dos outros já contratados, pois percebem que não importa o quão competentes e trabalhadores sejam, sempre serão equiparados salarialmente, ao mesmo nível dos incompetentes.
 
No Brasil, mais de 78% do total arrecadado em impostos, são gastos para manter essa rede gigantesca de empregados ineficientes, e a cada ano, mais trabalhadores ineficientes tem que ser contratados para cobrir o trabalho ineficiente dos que já estão trabalhando de forma mínima.

Com isso, não sobra dinheiro para investir em melhores equipamentos para atender a população, não sobra dinheiro para investir em saúde, educação, segurança, infraestrutura e apoio às empresas particulares para gerar novos empregos com salários decentes para a população que cresce anualmente.

O estado, seja ele de qual tendência ideológica for, é incompetente, pois os políticos são incompetentes, não são trabalhadores, não são profissionais formados e treinados, não sabem o que é meritocracia, e muitas vezes lutam contra a implantação dela, por motivos óbvios, dependendo da doutrina política que apoiam.

E nesse sentido, não precisamos de políticos ou ideologias políticas para administrar o estado.

O que precisamos são de administradores de empresas formados, profissionais experientes e competentes que gerarão lucros para a população e o país, trabalhadores e administradores cientes de que poderão perder seus empregos, e substituídos, caso não sejam eficientes ao administrar o Estado.

Um país é na verdade uma empresa, e nós cidadãos, somos os acionistas dessa empresa, nós investimos nessa empresa, através dos impostos que pagamos diariamente, para que recebamos os lucros advindos de nossos impostos, transformados em saúde, segurança, educação, infraestrutura para a geração de bons empregos, através de empresas particulares, para toda a população do país.

O estado, administrado por políticos de qualquer tendência ideológica, é e sempre será uma empresa falida, que suga da população todo o seu dinheiro, dando-lhe de volta, apenas esmolas, má administração, ensino inferior, saúde e segurança precárias e impedindo que as empresas particulares cresçam para gerar mais empregos e salários decentes, para benefício de toda a população.

Ah, e antes que eu me esqueça, não culpe as mazelas do Estado, apontando o dedo acusador para os bancos, afirmando que a culpa disso tudo é decorrente das altas taxas de juros cobradas por eles.
Quem estipula o valor das taxas de juros, não são os bancos, adivinha...

É o estado, governado pelos políticos, através do Banco Central, quem estipula as altas taxas de juros que serão cobradas pelos bancos...

E então, você ainda se sente disposto e confortável para empunhar as bandeiras ideológicas, sejam elas: vermelhas, amarelas ou azuis, lutar, matar e morrer por elas, enquanto os políticos que você tanto idolatra, te usam como massa de manobra, para manterem-se no poder, lhe mostrando e educando de forma doutrinária, que os culpados das mazelas da nossa população, são sempre os outros, e não oriundas da incompetência deles mesmos?

Vais continuar a ver as esmolas e as migalhas que eles vez ou outra se dignam a jogar para a população, e lhe convencendo de que eles estão fazendo um grande bem social para as pessoas mais carentes do nosso país, fazendo-as acreditarem que elas estão realmente melhorando de vida?

Largue as bandeiras, desocupe as suas mãos para poder colocar a mão na massa e fazer o país crescer, ser rentável e beneficiar toda a população, tornando todo o povo rico, e não somente os políticos e seus apoiadores!

Não precisamos de políticos ou ideologias políticas para ser um Estado de fato e de direito, que beneficie a população realmente como um todo, independente de ideologias, credos, cor e classe social.

Somos TODOS brasileiros, e como tais, temos o direito inalienável de sermos todos felizes, possuidores de bens, tecnologia, empregos com bons salários, educação de qualidade, saúde eficiente, segurança e justiça!

E tudo isso, não iremos obter e conquistar através dos políticos e suas ideologias, sejam elas quais forem.

Vamos eliminar a política e os cargos políticos, eles são incompatíveis e inúteis para gerir a empresa Brasil para gerar o bem social, vamos colocar em seu lugar, profissionais formados e experientes em administração, que sabem que poderão ser demitidos caso não sejam eficientes, vamos demitir e fazer os políticos trabalharem e receberem os salários com o suor de suas próprias testas e não com o suor das nossas.

Vamos instalar o sistema meritocrático de trabalho no Estado, transformando-o em uma Empresa, que de fato, para realmente funcionar, o é, e torna-lo eficiente e lucrativo para todos os brasileiros.

Para isso, precisamos desmontar todas as empresas estatais que não são necessárias.

Somente as empresas de energia e água, devem ser estatizadas, pois elas são monopólios, cuja estrutura de distribuição de serviços, não pode ser duplicada para oferecer livre concorrência.

Um país é uma Empresa e nós todos, somos seus acionistas, abaixo a incompetência política e suas ideologias fracassadas e inúteis.

E agora, um lembrete final: Um sistema meritocrático não deve ser aplicado em uma sociedade, ele deve ser aplicado nas empresas e autarquias estatais, deve ser aplicado no próprio governo.

A sociedade então, lucra indiretamente com o sistema meritocrático, através da segurança, saúde, educação e infraestrutura melhorada profissionalmente pelo sistema meritocrático.